terça-feira, 11 de outubro de 2011

VITALLE DIA DA CRIANÇA

 Um dia uma criança chegou diante de um pensador e perguntou-lhe:”Que tamanho tem o universo?”Acariciando a cabeça da criança,ele olhou para o infinito e respondeu:”O universo tem o tamanho do seu mundo.”Perturbada,ela novamente indagou:”Que tamanho tem meu mundo?”O pensador respondeu:”Tem o tamanho dos seus sonhos.”Se seus sonhos são pequenos,sua visão será pequena,suas metas serão limitadas,seus alvos serão diminutos,sua estrada será estreita,sua capacidade de suportar as tormentas será frágil.Os sonhos regam a existência com sentido.Se seus sonhos são frágeis,sua comida não terá sabor,suas primaveras não terão flores,suas manhãs não terão orvalho,sua emoção não terá romances.A presença dos sonhos transforma os miseráveis em reis,faz dos idosos,jovens,e a ausência deles transforma milionários em mendigos faz dos jovens idosos.Os sonhos trazem saúde para a emoção, equipam o frágil para ser autor da sua história,fazem os tímidos terem golpes de ousadia e os derrotados serem construtores de oportunidades.Sonhe!"

PertencerTODO DIA É DIA DA CRIANÇA


Um amigo meu, médico, assegurou-me que desde o berço a criança sente o ambiente, a criança quer: nela o ser humano, no berço mesmo, já começou.
Tenho certeza de que no berço a minha primeira vontade foi a de pertencer. Por motivos que aqui não importam, eu de algum modo devia estar sentindo que não pertencia a nada e a ninguém. Nasci de graça.
Se no berço experimentei esta fome humana, ela continua a me acompanhar pela vida afora, como se fosse um destino. A ponto de meu coração se contrair de inveja e desejo quando vejo uma freira: ela pertence a Deus.
Exatamente porque é tão forte em mim a fome de me dar a algo ou a alguém, é que me tornei bastante arisca: tenho medo de revelar de quanto preciso e de como sou pobre. Sou, sim. Muito pobre. Só tenho um corpo e uma alma. E preciso de mais do que isso.
Com o tempo, sobretudo os últimos anos, perdi o jeito de ser gente. Não sei mais como se é. E uma espécie toda nova de "solidão de não pertencer" começou a me invadir como heras num muro.
Se meu desejo mais antigo é o de pertencer, por que então nunca fiz parte de clubes ou de associações? Porque não é isso que eu chamo de pertencer. O que eu queria, e não posso, é por exemplo que tudo o que me viesse de bom de dentro de mim eu pudesse dar àquilo que eu pertenço. Mesmo minhas alegrias, como são solitárias às vezes. E uma alegria solitária pode se tornar patética. É como ficar com um presente todo embrulhado em papel enfeitado de presente nas mãos - e não ter a quem dizer: tome, é seu, abra-o! Não querendo me ver em situações patéticas e, por uma espécie de contenção, evitando o tom de tragédia, raramente embrulho com papel de presente os meus sentimentos.
Pertencer não vem apenas de ser fraca e precisar unir-se a algo ou a alguém mais forte. Muitas vezes a vontade intensa de pertencer vem em mim de minha própria força - eu quero pertencer para que minha força não seja inútil e fortifique uma pessoa ou uma coisa.
Quase consigo me visualizar no berço, quase consigo reproduzir em mim a vaga e no entanto premente sensação de precisar pertencer. Por motivos que nem minha mãe nem meu pai podiam controlar, eu nasci e fiquei apenas: nascida.
No entanto fui preparada para ser dada à luz de um modo tão bonito. Minha mãe já estava doente, e, por uma superstição bastante espalhada, acreditava-se que ter um filho curava uma mulher de uma doença. Então fui deliberadamente criada: com amor e esperança. Só que não curei minha mãe. E sinto até hoje essa carga de culpa: fizeram-me para uma missão determinada e eu falhei. Como se contassem comigo nas trincheiras de uma guerra e eu tivesse desertado. Sei que meus pais me perdoaram por eu ter nascido em vão e tê-los traído na grande esperança.
Mas eu, eu não me perdôo. Quereria que simplesmente se tivesse feito um milagre: eu nascer e curar minha mãe. Então, sim: eu teria pertencido a meu pai e a minha mãe. Eu nem podia confiar a alguém essa espécie de solidão de não pertencer porque, como desertor, eu tinha o segredo da fuga que por vergonha não podia ser conhecido.
A vida me fez de vez em quando pertencer, como se fosse para me dar a medida do que eu perco não pertencendo. E então eu soube: pertencer é viver. Experimentei-o com a sede de quem está no deserto e bebe sôfrego os últimos goles de água de um cantil. E depois a sede volta e é no deserto mesmo que caminho!
Clarice Lispector------------------------------------------------------------------------------------------------------

Cadastre-se

Para se tornar um doador é preciso:

  • Ter entre 18 e 54 anos e estar em bom estado de saúde; 

  • Comparecer a um hemocentro de sua região e cadastrar-se no REDOME;

  • Colher uma pequena amostra de sangue;

  • Se houver algum paciente compatível, você será convocado para fazer novos exames.

ImportanteUm doador de medula óssea deve manter seu cadastro sempre atualizado. Preencha este formulário.

Transplante no Brasil

O REDOME (Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea) é o terceiro maior banco de medula óssea do mundo, com mais de 2 milhões de cadastrados.

No entanto...

  • No Brasil, é mais difícil encontrar um doador compatível devido à grande miscigenação

  • Por ano, 2,5 mil pessoas são indicadas para realizar o transplante de medula óssea

  • A chance de encontrar uma medula compatível pode chegar a 1 em 100 MIL

Quando o paciente acha um doador compatível no banco, ainda tem que enfrentar a barreira de não conseguir encontrá-lo, devido à não atualização dos dados junto ao REDOME.

Por isso, se você está cadastrado e mudou de telefone ou endereço, acesse 

http://www1.inca.gov.br/doador e preencha o formulário do INCA com as alterações.

Campanhas de Conscientização

A informação é fundamental para garantir o diagnóstico precoce e um tratamento adequado. Acreditando nisso, a ABRALE desenvolve campanhas para informar e conscientizar toda a população sobre os sinais e sintomas das doenças onco-hematológicas, além de incentivar a doação de sangue e de medula óssea.
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    A ENFERMAGEM E AS CRIANÇAS
    Cabe à equipe de atendimento desses pacientes especiais estabelecer um vínculo de confiança entre a própria equipe, a criança e a família
    Por Rita Tiziana Polastrini, membro do Comitê Científico da ABRALE (Ed. 14 da Revista da ABRALE)
    ABRALE 
    O câncer infantil é uma doença caracterizada por crescimento de células anormais de maneira descontrolada, podendo com isso atingir algum órgão ou tecido e estender-se para ou
    tras áreas.
    Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), estima-se que ocorram mais de 9 mil novos casos da doença por ano no Brasil. O câncer é considerado a terceira maior causa de morte entre crianças e jovens de 1 a 19 anos, não se levando em consideração as mortes por doenças agudas, acidentes e violência.
    O diagnóstico de uma doença crônica em qualquer fase da vida leva à desestabilização do indivíduo. Quando uma criança é acometida de uma doença grave e ameaçadora à vida, o abalo parece ser ainda maior não só para ela, mas também para a família, que é devastada por sentimentos de dor, medo e ansiedade.
    A doença abrange aspectos físicos, psicológicos e sociais. Em muitos casos, a família necessita mais de ajuda do que a própria criança para aceitar e enfrentar o longo e doloroso tratamento. A intervenção deve acontecer por meio de uma equipe multiprofissional que planeje ações para atender às necessidades da criança e sua família
    O aspecto crônico da doença diferencia essas crianças das demais, pois elas têm um período de tratamento longo, com internações frequentes, separação da família, auto-imagem lesada, perda das atividades recrecionais, podendo apresentar reações de agressividade, depressão e ansiedade.
    A equipe de enfermagem para o atendimento desses pacientes necessita de preparo, que envolve, além das habilidades técnicas científicas, habilidades de relacionamento interpessoal e de tratamento humanizado. O objetivo principal é estabelecer um vínculo afetivo e de confiança entre a criança, a família e a equipe de enfermagem.
    O enfermeiro, na sua função de cuidador, permanece em contato direito coma criança fragilizada, podendo utilizar a comunicação como recurso a fim de estabelecer um vínculo com esse paciente. A comunicação verbal, que se dá pela utilização de palavras, é pouco confiável, pois em muitas situações a criança ainda não consegue expressar seus sentimentos. A comunicação não verbal engloba todos os tipos de comportamento, expressões, movimentos e gestos, e pode ser utilizada com crianças menores de forma mais segura. Para estabelecer uma comunicação com a criança, a forma abstrata apresenta maior efetividade por intermédio de brincadeiras, símbolos e expressões de arte, imagens e escolha de determinadas roupas. Ao estabelecer uma comunicação eficaz, o enfermeiro tem a possibilidade de auxiliar o paciente a entender suas limitações, fazê-lo tomar parte de sua experiência/realidade, com menos angústia e sofrimento.
    O enfermeiro bem treinado e preparado tem a possibilidade de criar um vínculo afetivo pela maior proximidade entre a criança, a família e a equipe, planejando e executando uma assistência integrada focada nas necessidades do paciente e sua família.
    Se a família e a criança forem preparadas para enfrentar o processo de doença, juntamente com uma equipe de enfermagem atenta a todos os aspectos gerados pelo câncer infantil, será possível proporcionar apoio e segurança, que reverterá em benefícios para todos os envolvidos.

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